terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

... and counting

o que me separa da mediocridade do mundo: O inferno vai ter que esperar (Rosa Tattuada)


"A resistência de uma mulher não prova sua virtude. Prova, antes, sua experiência. Falando francamente, confessaria que nosso primeiro impulso é ceder. Resistimos após refletir"
(Ninon de Lenchos)


Sem mais, este foi o final de semana.
Bom, muito bom...

every picture tells a story...

o que me separa da mediocridade do mundo: Enjoy the silence (Depeche Mode)













sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Sobre pombas que não voam e migalhas...

o que me separa da mediocridade do mundo: Alegria Alegria (Caetano)

Uma vez ele me convidava pra ir pra praia. Hoje me pede pra ir pra Vacaria com ele. Vacaria!!!! E que tarde eu ganhei... Tu ta errado (sim, errado! rá!) sobre aquele tesourinho que a gente ama... a melhor música do Zeca Baleiro não é Babylon. É Nalgum Lugar... e tu sabe.

Chego em casa com um bilhete rabiscado com duas músicas do Barão... os mesmos efeitos.

É bom voltar pro que é simples... uma tarde de verão, de estrada com milharais e sol na cara.
Obrigada, Jacu :)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Stones para já iniciados

o que me separa da mediocridade do mundo: O Exile on Main Street (Stones)
Qualquer pessoa com a inteligência de uma galinha já percebeu que a música aqui é constante... eu tenho música pra tudo: momentos, minhas pessoas, as alegrias, a raiva, as saudades... pra noites inteiras, pra um monte de sorrisos e cheiros... Minha vida tem, sim, trilha sonora.
Então, como eu tenho MUITO o que fazer ultimamente e estou tendo um daqueles rompantes "hoje serei uma pessoa agradável", fiz a lista que tô devendo há um ano pra uma meia dúzia aí.
Sendo Stones minha banda carro chefe.. aquela que escuto desde os 13 anos e independente de qualquer coisa (até mesmo daquela edição maravilhosa de um livro de fotos que mora há 10 anos na minha estante que andei folheando recentemente), derrubei aquela pilha de cds deles da mesma estante e fui ouvir o que é importante (o que faltou em matéria eu fui fuçar no resto da discografia no pc). Conforme prometido, a lista foge do que é muito óbvio e obrigação de qualquer pessoa ter... mas algumas maravilhas que vão além de qualquer clássico do domínio popular... e que já andam bem batidinhas.
Eis o mínimo necessário além do óbvio e clássico:

* Memory Motel
* Fool to cry
* Beast of burden
* Mixed emotions
* She's so cold
* Rocks off
* Tumbling dice
* Sweet Virginia
* Loving cup
(as últimas 4 são do Exile On Main Street, meu album preferido... como não poderia ser diferente, está no "1001 discos pra ouvir antes de morrer" )
* Till the next goodbye
* Time waits for no one
* Dead flowers
* Out of time
* (Get your kicks on) Rout 66
* Honest I do
* You can't always get what you want
* 2000 man
* She's a rainbow
* On with the show
* Waiting on a friend
* Far away eyes
* Don't stop
* Let me down slow
* Love in vain
* Let it bleed
(capa linda linda)
* Sister morphine
* Through the lonely nights
(no cd Rarities)
* Little T&A
... Porque o Keith cantando é TUDO e são minhas músicas mais significativas:
* The worst
* The nearness of you
* Thief in the night (numa das raras vezes que o ao vivo é melhor que o original, versão impagável do No Security)
* This place is empty
* Slipping away

Menção honrosa a música mais legal da carreira solo do Mick:
* Old Habits Die Hard
Licença pra um cliché por ser a música preferida:
* Sympathy for the devil (versão Live In Atlantic City)

Agora... se o problema é mais grave e não há conhecimento nem do básico essencial, download do Hot Rocks pela abrangência... ou o Forty Licks.

E ninguém me pede mais nada esse ano!
(sem chances imediatas de eu fazer a mesma coisa com Led Zeppelin, desculpa)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

(a leitura furtada do momento)

o que me separa da mediocridade do mundo: Right In Time (Lucinda Williams)

Tô tendo espasmos página após página do "1001 discos para ouvir antes de morrer". Nem em 1000 anos eu vou conseguir baixar tudo que é relevante... menos ainda conseguir dar palpite em tudo que importa.

Por hora fica a pérola do momento: Right In Time, da Lucinda Williams... que me joga numa saudade boa.
No mais, vocês podiam comprar o livro (o 'meu' foi furtado carinhosamente da prateleira do quarto do Jon), dividir por décadas e começar a baixar tudo que vai além do básico que uma pessoa com um mínimo de discernimento já tem.
e me dar de presente em cds com milhares de músicas prontinhas :D

as dúvidas que me assolam no momento ao olhar pro playlist:

Frank Sinatra ou Kinks?
Aretha Franklin ou Elvis Costello?
Television, New York Dolls, Bowie e Joni Mitchell!


Neil Young e Stones (óbvio) ...

Stick to the classics :)
I can go on forever.


qualquer prazer me diverte....

(a leitura bizarra do momento)

"Quando o homem morde a mulher com força, ela deve fazer o mesmo com ele, com força ainda maior. Assim, um 'ponto' deve ser retribuído como uma 'linha de pontos', e esta com uma nuvem quebrada', e, se estiver profundamente irritada, iniciára uma briga de amor. Deve então segurar o amante pelo cabelo, inclinar-lhe a cabeça para baixo, beijar-lhe o lábio inferior e. embriagada pelo amor, fechar os olhos e morder o amante em diferentes partes do corpo. Mesmo de dia e em lugar público, quando seu amante lhe mostrar alguma marca que ela lhe possa ter infligido no corpo, deve sorrir à vista dessa marca, e, voltando a face como se o fosse censurar, mostrar-lhe com uma olhar zangado as marcas no seu próprio corpo que tenham sido feitas por ele. Assim, se o homem e a mulher agirem de acordo com o gosto de ambos, o seu amor não diminuirá, nem mesmo ao fim de cem anos."

(Kama Sutra. Cap. V- Da Mordida)

Ai, se "sesse" tão fácil... Fico pensando o que acontecia se as regras não fossem seguidas? Ninguém se ama pra sempre?? 0_o
O mesmo amigo que tem aquele brilho curioso no olhar, com toda a sutileza que lhe é inerente, largou um livro na caixa de correio no meu aniversário ano passado.
Ao contrário do que se pensa, o Kama Sutra (e por isso entende-se Aforismos sobre o amor) é um livro, segundo a literatura sanscrítica, sobre o amor sensual - a plena forma de amor (se é que tem algo de sensual em ser compararado a corças e jumentos). É tudo simples simples simples e odebece a uma ordem absurdamente restrita e metódica (que funcionava pra eles, por sinal)... mas que hoje vale mais pela comicidade. Tem rendido as melhores risadas das tardes livres e é uma boa pausa nos livros de cunho um tanto "exaustivo" que estão na minha mesa de cabeceira.

"A pessoa imaginativa deve multiplicar os tipos de congresso, segundo a maneira pela qual são praticados pelos diferentes animais e pássaros. Esses diferentes tipos de união, se realizados de acordo com o costume de cada país e as preferências de cada pessoa, provocam o amor, a amizade e o respeito no coração da mulheres."

... e as pessoas precisam ler isso há 1000 anos... *suspiro*
Que bom que em algum momento a raça humana se tornou (mais) óbvia e instintiva.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

"não" é... "não"!!!

o que me separa da mediocridade do mundo: As canções que você fez pra mim (Maria Bethânia)

Pouco importa quais os motivos, nenhum argumento foi válido. Não, eu não acreditei em nada. Menos ainda quando até os teus amigos tentam ajeitar o que ninguém me contou... mas eu ví. Não é assim que se prova qualquer mudança (e prova que eu to certa). Mas as mentiras são bonitas... e eu escuto com aquele sorriso que tu mesmo diz que te manda embora.
As tentativas noite adentro de remediar o que não tinha jeito foram comoventes... uma massagem pro meu ego e bem divertidas (pra mim, claro). Pena que eu não me importo... não to me importando com muita coisa ultimamente, desculpa se respingou em tí.
Uma vez uma pessoa me falou pra não aceitar o inaceitável. Demorei pra absorver (infelizmente isso vai além de qualquer questão de entendimento), mas uma fez feito... não quero embarcar num destino falido.
Então 'não' continua sendo 'não'... As vezes eu falo 'não' que significa 'sim', ou 'pára' que significa 'eu te mato se tu parar'... mas o 'não' redondo e seco... é 'não' mesmo.

Eu gosto de ver a surpresa nos olhos das pessoas que me encontram... O Mono faz minha festa sempre. Fofo ele em ficar procurando uma palavra pra definir o que via no meu rosto enquanto eu esperava com um sorriso de quem já sabe a resposta. "nossa, tu ta tão... tão... ". É, eu sei :)
Ponto pra simplicidade, baby... e toca Dancing Queen vai...!

Um psicopata que eu nunca ví antes na minha vida lambeu minhas costas enquanto eu dançava.
Qual o problema dessas pessoas???????????????? Xilique clássico. Ele me olhou com medo o resto da noite.

Vou embora saltitando escada abaixo, 'abanando as tranças', como diz o segurança...
Ligo o rádio e um cd do pai pula... ah não, cd de pai quase sempre é brabo de aguentar. Empurra de volta a contragosto... e Maria Bethânia começa a tocar. Ponto pro pai... "As canções que você fez pra mim" pra uma madrugada perfeita.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Demasiada humana?

A Laine ficou surpresa porque eu lembro a data e o horário.
Estranho seria se eu não lembrasse... 16 de fevereiro de 2006, 10hs da manhã. Era sexta-feira de Carnaval. Talvez ninguém me reconhecesse se voltasse um ano e me olhasse no chão do banheiro, horrível e inchada de tanto chorar (esqueçam os que já me viram chorando como uma lady... a classe eu recuperei depois desse dia).
Pra mim é um ano de independência. Na época significava tanto e hoje eu olho e não vejo nada... nem o por quê. Mas não é assim com todos os amores?
Hoje me pergunto como aguentei tanto... como eu faço perguntas e eu mesmo respondo, adianto: porque eu acreditava. E porque o amor é burro como uma topeira cega que se guia pelo cheiro... mas obedece instintos (coisa que eu não fazia).
Dizem que nem tudo foi tempo perdido... eu levei um tempo pra ver isso. Não posso dizer que já acredito que a mudança seja pra melhor. A Ju colocou o dedo na ferida entre um gole e outro de café e um rio de lágrimas há quase um ano atrás: 'eu gosto mais do que tu é hoje'. Diz ela que eu dominava a arte de patrolar pessoas como ninguém, que era como eu bem queria e entendia... que eu caminhava de salto fino em cima de algumas pessoas... e que a dor me ensinou a ser um pouco mais humana. Tenho meus motivos pra acreditar que ela falou em mais humana por bondade... ela queria mesmo era falar que eu tinha virado gente, enfim. Que agora eu entendia um pouco de dor e sofrimento... e que o respeito por essas pessoas vinha disso também. Respeito que tenho ainda pelos sentimentos... e que me indiguina quando falta.
Foram dias complicados... meses, na verdade. Então há um ano atrás eu fui pro Revival, saí do carro sozinha e tendo os amigos mais legais do mundo, ví eles entrarem correndo na garagem com uma garrafa de Vodka pra fins de anestesia e abraços sem perguntas. Há um ano atrás eu ouvia Legião também naquele bar.

Um ano de liberdade conquistada. Tudo diferente... talvez pra melhor. Saudade da segurança que minha indiferença impunha. Descobri que tenho um coração e acho que fiquei humana demais. O coração é burro... demais.

Sereníssima

ou: Um sorriso bobo

Não era pra ter mais que 20 pessoas...
Fazia tempo que não chegava em casa cansada fisicamente (e não emocionalmente exausta), com quase ou nenhuma voz e as 4hs da manhã, batendo em retirada logo depois do show.
Eu tinha esquecido de "Metal contra as nuvens"... em como consigo me arrepiar do pé até a nuca quando escuto ela... e ganhei um beijo na testa de quem muito entende :)
Eu não devo escutar um cd todo da Legião desde que tinha 16 anos... mas as letras continuam todas alí. Por sinal, Su... pra quem não gosta de Legião tu tava mais que ótima nas dancinhas e nas letras gritadas comigo.
O Mika, na função de diabinho, me assusta... por não ter fim.
Me perdendo e me achando em "Hoje a noite não tem luar" e dando o que tinha sobrado em "Sereníssima" - a melhor música, sempre- fiz a minha noite.
Eu merecia uma noite assim há tempos... mesmo sabendo que isso vai além de qualquer questão de merecimento.
Fiel ao meu próprio espírito (mais uma vez), cheguei em casa e ainda tive um pedaço de noite e risadas soltas na cozinha.


Minha laranjeira verde, por que está tão prateada?
Foi da lua dessa noite, do sereno da madrugada

Tenho um sorriso bobo, parecido com soluço
Enquanto o caos segue em frente
Com toda a calma do mundo.

:)

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Caminheira

Diários recebem uma carga sem tamanho, mas são inúteis se não relidos de tempos em tempos. Ontem tava relendo vários deles, rindo muito, ficando triste às vezes, me indignando comigo mesma em alguns momentos. Alguns traços que me incomodam muito hoje já estavam presentes há muito tempo. A Gázi deve estar (ainda) certa em dizer que eu preciso de uma psicóloga.
Tem um que é o preferido, o das páginas pretas... o que me dá mais saudade. Tava cheio de pó, com o cheiro de papel guardado que eu adoro... a tinta prata e as páginas pretas me levam direto pros dias de uma vida que já não é minha. A chave da casa em Boston, presa por um barbante da Mike's Pastry, servindo como marcador, me dá uma certeza daquelas saudades que doem, mas são boas de ter. É a sensação de dever cumprido. Os quadros que tu pendura na parede das memórias com moldura dourada.
Sinto que tá na hora de viajar de novo.... e não como fuga, mas pela busca. É a vida lá fora que me puxa. É desembarcar sozinha num aeroporto de uma cidade totalmente desconhecida, sentindo aquele nó no estômago. É a primeira caminhada sem saber bem pra que lado ir, fazendo reconhecimento de onde tu mora. É acordar e sentir que dói abrir o olho porque a neve deixa tudo tão mais claro. Comprar meio litro de chocolate quente e ir caminhar na rua pra arejar um pouco. Fazer compras no mercado, pagar (todas) as contas.
O novo não me assusta... me estimula. Ir morar em outro lugar não dá espaço pro medo, mas me deixa livre. Um pouco disso vem da experiência de já ter mudado de cidade várias vezes, mudar de colégio... e deixar turmas e pessoas que sentem tua falta em cada um desses lugares. Enquanto a mudança não vem, procuro alguém pra cair na estrada comigo em julho... tenho um convite pra um mochilão na Europa em outubro (mesmo com a mochila sempre destruindo meus ombros)... e encaro o último ano de faculdade. Depois disso, sei lá onde vou parar. Certo que vou, só isso.

Jantando no Mega ontem com o amigo que tem o brilho de curiosidade no olhar que todo viajante tem (ainda mais os que acabam de chegar), ele me coloca na parede e pergunta:
- ... e a gente não ia pro México?

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

... now she's gone

o que me separa da mediocridade do mundo: Melissa (The Allman Brothers Band)

Já tá na estrada a essa hora, né?
Nessa vida de adolescente que estamos vivendo ultimamente, de tardes de cobertor e sessão da tarde, de Chaves, leite com Nescau, praia em dias infindáveis como se o mundo parasse pra gente (e pára, óbvio), ela vai fazer muita falta... de novo. Agora em caráter definitivo, eu sei.
Quem olhava pro quarto ontem a tarde não dizia que ela ia conseguir se mudar hoje nem em mil anos. No fim, tem várias coisas aqui em casa... Inclusive uma revista de psicologia no chão, "Encontros e desencontros".
Minha psicóloga de plantão, me mete a boca e entende como ninguém... as vezes pelo silêncio sinto o tom de reprovação. Aquela que me botou nos trilhos com uma conversa de uma hora no Rio no início do ano. E botou de volta na lugar agora, com um chute na bunda quando viu que eu tava descarrilhando de novo. "Limites, Dessa.. limiiiites!".
O abraço só durou 10 segundos por questões de segurança. A mesma que tu precisava. Conhecendo meu choro fresco (mas sincero) de mulherzinha, fui esperar na calçada, olhando pros meus All Star, até abrirem o carro pra eu entrar.
Mesmo com toda a falta, tenho orgulho por te ver seguindo teu caminho. A saudade é grande... mas gente grande tem que aprender a conviver com ela.
Amo :)

Alguns agregados ontem, um dos meus preferidos ligando no meio da tarde com uma voz que não deixava dúvidas. Vem pro colo agora. Sei que um litro de licor de cacau e o cachorro quente aqui em casa de madrugada não colocaram as coisas no lugar, mas te ver rindo já é bem melhor.

Ex-alguma-coisa mandando mensagem quase 1h da manhã... eu tentei responder, mas travei no meio. Acho que por não ter nada pra dizer... Um dia eu volto. Ou não também... conjunções alternativas têm reinado na minha vida.
ps: Cadê o Jacu?? Sem notícias desde domingo de noite... Fugiu pro México??? Se fosse de Kombi eu teria ido também... com o braço na janela.
Bom, seguindo o padrão 'vida de adolescente' e porque Deus é muito bom pra mim e ta fazendo tudo perfeito pra isso (inclusive com a chuva), vou fazer um balde de Nescau, pegar um cobertor, afundar nos meus vários travesseiros e assistir aquela pilha de desenhos animados que me emprestaram. Monsters, Inc. parece um bom ponto de partida.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

(all our past times)

well, maybe there's a god above
but all i've ever learned from love
was how to shoot somebody who outdrew you
(Hallelujah- Jeff Buckley)

Old habits die hard... Yes, indeed.

da série: Anjos que me mandam imagens que valem mais que todas as palavras... Obrigada

domingo, 10 de fevereiro de 2008

O Bêbado e a Equilibrista

And all the memories of the pubs
and the clubs and the drugs and the tubs
we shared together,
Will stay with me forever.

But all the highs and the lows
and the to's and the fro's,
They left me dizzy,
Oh won't you please forgive me
But I no longer hear the music
Oh no no no no

Cantando baixinho, ao acordar... "Music When The Lights Go Out" (Libertines).

A estranheza é a sensação de falta... que falta muito, senão tudo.
E eu sinto que ta tudo tão errado. As piores traições são aquelas ao meu próprio espírito, ao que eu sou e acredito.
"... but I no longer hear the music"... me surpreende encarar isso com tanta naturalidade e tranquilidade. Todo mundo tem um tempo e um limite... quando aceitos é hora de seguir em frente. Liberta.

Agradeço cada minuto aos 10 sobreviventes pra finaleira no boteco essa manhã... e o timing perfeito do Oliveira com o cd da Elis, que rolou inteiro. A certeza que cada um cantou "Como nossos pais" por motivos diferentes e muito individuais, mas que o conjunto da obra foi perfeito... os que estavam esticados no palco, os deitados no balcão, todos que gritaram a letra em algum momento, os que se olhavam de longe e sorriam...
Insisto, as melhores memórias são as que a gente inventa :)

Cheers, o final de semana foi todo muito bom... e eu adoro vocês.



And in the end, the love you take is equal to the love you make...

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Um céu de avelã

o que me separa da mediocridade do mundo: Eu preciso dizer que te amo (Cazuza)

O temporal dessa tarde me jogou de volta nos dias de infância que mais sinto falta. Dias de casa da vó, tardes de calor infernal no Vale dos Sinos, de picolé sentada no degrau da porta... e de toda sorte que tinhamos quando rolava um banho de chuva. Única menina numa família só de guris (o que explica muita coisa, eu sei), a festa no meio da rua da paralelepípedos tava garantida, correndo e rindo até não aguentar mais.
Não lembro quando foi meu último banho de chuva... desses de não se preocupar com nada. Eu ainda ando tranquilamente na chuva, sempre vou andar... e vez que outra tenho companhia pra isso. Mas é pra poucos...
Acordei com o barulho do vento esmurrando a janela do meu quarto, senti o cheiro da noite no cabelo e ví o céu cor de avelã (quem leu 'A menina que roubava livros' entende...) cheio de folhas.
Comparado com minha tempestade preferida, aquela no meio da Rota do Sol no início da noite, foi pário duro.
Fiquei na janela, lembrando e pensando em ir correr na chuva.
Mas a vontade passou quando ví a lixeira da Codeca passar rolando pela rua.

Notas mentais:
1) o nascer do sol na praia.
2) levar outra surra da chuva. Sorrindo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

As melhores memórias são as que a gente inventa...

O que me separa da mediocridade do mundo: Let her cry (Hootie and The Blowfish)

Do que quero renego, se o querê-lo
me pesa na vontade. Nada que haja
vale que lhe concedamos
uma atenção que doa.
Meu balde exponho à chuva, por ter água.
Minha vontade, assim, ao mundo exponho.
Recebo o que me é dado,
e o que falta não quero.
O que me é dado quero
Depois de dado, grato.
Nem quero mais que o dado
ou que o tido desejo.

Retirados do box recém adquirido do Fernando Pessoa. Mestre que sou em burlar minhas próprias regras, já antecipo que provavelmente os 5 livros do box estarão passando a frente dos 5 que já estou lendo.
Até (e principalmente) as minhas regras são feitas pra serem quebradas.
No mais, tenho tido dias bem vividos.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Esvaziar pra preencher

O que me separa da mediocridade do mundo: You sexy thing (Marvin Gaye)











Thanks, ladies... :)

sábado, 2 de fevereiro de 2008

am I too blind to see?

Disposable:
product designed for cheapness and short-term convenience rather than medium to long-term durability. Designed to be thrown away after use.


... e o ônibus ta saindo... sempre nas horas certas.