sábado, 27 de dezembro de 2008

Foi justa
















...









e foi mágica.




Pelos shows, pelos amigos... pelo amanhecer, pelo extintor de incêndio, até pelo Joe Cocker.... Uma despedida que eu não alcançaria com palavras, por mais que tentasse.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

and so this is christmas. again.

ouvindo: Blue Moon (Elvis Presley)

Eu adoro Natal. Metade de novembro já estou toda feliz sentindo que ele esta chegando... o fato de não ter crescido tem suas vantagens: Natal não perde o encanto pra mim.


Algumas coisas nunca mudam, desde que me entendo por gente: os sons, os cheiros... a confusão, a troca dos presentes que ficam embaixo da árvore, a confusão dos pacotes...


As vezes família gigante, as vezes amigos queridos (esse ano com a Thai e todas aquelas coisas boas que carrega com ela)...


Foi tudo muito tranquilo e muito bom numa noite que acabou com o sol nascendo nada tímido na janela do Vagão. Só coisas leves. Dizem que a leveza estava em mim, mas eu não acredito. Foi divertido, foram as boas músicas, foram as boas companhias, a cumplicidade, foi (a falta de) jeito de dançar e nada de preocupação com isso, o pé sujo no fim da noite e a cabeça tranquila de quase todo mundo. Fico feliz por sempre ter pedido demais. E por sempre ter me dado inteira nas situações que mais importavam.


De uma maneira geral, posso dizer que adoro a minha transparência, pois é como dizem: só precisa saber me olhar pra saber como estão as coisas.



No final de tudo, sentada na cama, abro mais uma vez o livro que veio parar em mim com citação já demarcada pelo Jon e a Laine, e leio o trecho abaixo de um post-it mais uma vez:


- Não há nada mais sublime que o juízo perfeito, a lucidez das idéias.
- Mas o mundo dos sãos é um mundo triste- sorriu Luzia- O mundo dos loucos, esse sim, deve ser maravilhoso e sempre cheio de coisas novas e fantásticas.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Trocando o amargo pelo mel e as cinzas pelas rosas

ouvindo: Tu vens (Alceu Valença)


Tomei um banho gelado e senti minha pele fria depois de tantos dias. A correria pro Natal se repete todos os anos e apesar do calor, me divirto na rua comprando os presentes que vou largando embaixo da árvore de Natal. As noites são mais tranquilas e tenho dormido com a janela aberta pra sentir o vento e o cheiro que vem das árvores do parque. As noites de céu limpo na janela enorme ao lado esquerdo da cama tem me feito bem.


Eu já não acho a minha tranquilidade em ninguém além de mim mesma, assim como não acredito mais em ninguém a ponto de confiar a minha tranquilidade.
Achei que o ócio das férias recém iniciadas funcionaria como um diabinho da discórdia, mas todo esse tempo livre e a ausência de culpa pelo meu descanço é exatamente o que eu precisava pra repensar várias coisas, inclusive a relação com o que eu sou.


Prometi o ano inteiro que ia começar a ler aquele volume único de 900 páginas de The Mists of Avalon e realmente comecei... numa alegria simples por ser tão fácil, por não sentir o peso da "próxima coisa a ser feita". Resolvi ler o Tempo e o Vento mais uma vez, depois de 10 anos. Assim, tenho passado horas lendo e mantendo minha cabeça ocupada.


Tento me desculpar pelos descuidos ao longo do ano e por ter negligenciado algumas relações, passo muito tempo com a minha mãe, conversando ou jogando conversa fora, como se eu conseguisse recuperar todas as horas que me afastei porque precisava. Tenho saudades do meu pai até ele chegar toda sexta-feira a noite e entrar no meu quarto dizendo "oi, minha macaca". Nunca deixei de dar valor pra minha família, assim como eu já morei em outro país e voltei por causa dos meus pais... e tanta gente que me olha torto por isso, como se a idiota fosse eu por valorizar o que eles desconhecem.
Passando o stress de final de ano de toda mãe (porque elas surtam, Deus??), o plano é deitar no sofá e assistir Sessão da Tarde com ela.


No restante do tempo, em alguns dias quase o tempo todo, tenho a companhia de várias pessoas que não me dão folga no telefone, os que passam aqui pra me dar um beijo, os que me tiram de casa, os que me encontram na rua... mas dou pouco ou nenhum tempo pra net ultimamente.


Em uma desses poucos momentos online, no domingo, pula uma janelinha do msn com alguém que me devia um pirulito há 3 meses. Eu tenho um respeito todo especial por pessoas que mantém promessas.. mais ainda quando elas envolvem pirulitos de maçã verde.


A conversa evoluiu pra um café e, por fim, uma janta numa chácara com gente diferente e de coração tranquilo, com sorriso largo e sincero. E eu acabo a noite com ele parando o carro numa estrada deserta e me ensinando a identificar estrelas no céu da noite quente. Algumas pessoas só fazem bem.


Essa é a paz dos dias que eu quero pra mim.

Someday I'll be Saturday night








De alguns momentos naquele bar eu realmente vou sentir falta.


Nem que seja pra ter alguém cantando Whitesnake comigo a plenos pulmões.



barulhinho: Here I go again (Whitesnake)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Brilho eterno de uma mente sem lembranças




How happy is the blameless vestal's lot!

The world forgetting, by the world forgot.

Eternal sunshine of the spotless mind!

Each prayer accepted, and each wish resigned...


Alexander Pope



Eu tinha o nome rabiscado no bloco de anotações que carrego sempre na bolsa. Aproveitei uma tarde livre, mas não vazia, e me estiquei na cama.


Tanto quanto os livros, os filmes as vezes me tocam de maneiras que nem eu entendo completamente. De alguma forma as torturas de algumas dores e a vontade sem fim de não mais lembrar do que um dia foi tão bom justifica as ações dos personagens e a defesa do esquecimento. E justifica a constatação do óbvio também.


Triste e lindo, cheio de metáforas maravilhosas. Como nos livros, eu me encanto justamente com aquela que é irrelevante pra qualquer outra pessoa.. mas que vale um mundo pra mim.

- meet me in Montauk


valeu todos os momentos do filme, o sorriso e... vá lá, até umas duas lágrimas :)

"she was nice. and nice is good"

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Sutilezas


- Tu é muito complicada.
- Nem sou nada.
- Eu gosto de te comparar a um caminhão bitrem.
- Aaaah... que doce.
- Um caminhão bitrem é muito dificil de manobrar... a não ser que tu tenha a manha, o jeitinho. E se tentar fazer de qualquer jeito, vai dar problema.


Ele me conhece há 12 anos e, as vezes, ainda erra na direção. Reclama da minha intensidade, me conhece como ninguém, tem o azar de ligar nos dias de humor adverso desde sempre e obrigação moral de me animar (segunda-feira é isso, menino...). Me conta mentiras bonitas como se eu acreditasse e dá risada antes mesmo de acabar a frase. E me segura no telefone por 4 horas como se não estivesse pagando pela conta do celular. Mas muita importância tem :)


- Tu é uma mulher de pouca fé...
- Sei...
- Eu achei que tu ia dizer que nunca te provaram o contrário.
- Eu ia dizer que vocês são homens de pouca atitude.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Por um casamento


Por uma noiva moderninha. Por um noivo pálido e à beira de um desmaio. Por todos os amigos lindos e limpos na frente da igreja. Pela máquina fotográfica que ninguém tinha na hora. Pela Ave Maria que quase me fez chorar. Pelo quase. Pelo meu vestido que teimava em voar na altura da minha cintura. Por manter ele baixo. Pelas menininhas choronas. Pelos menininhos que se fazem de fortes. Pelos 6 anos do Gus e os beijos de criança no meu ombro durante a cerimônia. Pelo braço enlaçado. Pelos elogios. Pela mesa da banda. Pelas 3 mesas da banda. Pela garrafa de champagne. Por Menina Veneno. Pela atenção. Por não me sentir insegura. Pelos meus amigos divertidos. Por permitir que me tratassem maravilhosamente bem. Por estranhar ser tratada assim. Pelo meu 1,80 e o buquê parar na minha mão só por levantar o braço, sem um passo sequer. Por não sentir medo da noite. Por jogar meus sapatos de canto e seguir dançando. Por me mandar subir nos pés dele pra me ensinar a dançar. Por me divertir e rir solto até minha barriga doer. Pelo buquê que ficou com o Gu e a Isa, em boas mãos. Pela elegância mantida. Por me rodopiar no colo até me deixar tonta. Por pensar só em mim uma vez na vida. Porque só bastava me olhar pra ver que eu estava feliz.

Por tudo um dia chegar a um fim. Mesmo.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

os meus, os teus, os nossos bonecos de neve


Direto de um livro do Snoopy recuperado... e que me rendeu uma risada sincera e infantil no dia e hoje de novo :)


em tempo: onde estão as minhas cenouras?


(ainda) em tempo: ... posso trocar por pirulitos???

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008


... e olha no que deu.



Queria eu conseguir expressar o mais completo desprezo que sinto ao me deparar com algumas atitudes.



Eu insisto: o mais difícil não foi aprender a dizer não. É ter força pra nunca nunca nunca me permitir cometer erros... ou baixar a guarda, como queira.



Essa fragilidade frente a quem desperta o que eu tenho de melhor me incomoda demais.



A culpa é minha. Só minha. Por ter dado crédito a quem já provou tantas vezes que não era digno disso... mas por hora, a culpa fica com o pacotinho de açúcar da União.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

"Eu quero um colo, um berço, um braço quente em torno ao meu pescoço.
Uma voz que cante baixo e pareça querer fazer-me chorar.
Eu quero um calor no inverno, um extravio morno da minha consciência.
E depois, sem som, um sonho calmo, um espaço enorme, como a lua rodando entre as estrelas"

Fernando Pessoa
em O livro do desassossego


... foi o que lembrei ao ser perguntada sobre presentes de Natal.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Good times,

no ouvido: Eu já sei (Garotos da Rua)

Parabéns, Pipe!


A família se livrou do último espécime do gênero formandum-surtatus.

Esse moleque me enche de orgulho, parabéns pela banca!

Comemoração ao som de músicas para vencer que não conseguimos escutar porque era inviável ficar lá dentro...
Mas com um acústico maravilhoso em que rolou até o meu Garotos da Rua... pra eu ganhar um abraço que durou uma música inteira. Eu juro que a maior parte do tempo tenho vontade de arrancar a cabeça dele... mas gosto demais :)


Tive a feliz companhia de várias pessoas que eu me orgulho de dizer que são como um domingo de sol.


Bad times

no ouvido: Bring on the change (Midnight Oil)


Que o Revival está fechando no final do ano todo mundo já sabe... mas ver a coisa toda acontecendo as vezes é bem complicado.




- Oi, eu preciso perdir uma coisa pra vocês... Será que vocês poderiam passar as bebidas pra mesa do lado, por favor?


- Sem problemas... mas o que aconteceu?


- Essa mesa foi vendida...



Eu não sabia se ria ou chorava vendo o Samuca limpar aquela mesa e sair carregando ela... enquanto as pessoas se acomodavam na mesa ao lado.



Fiquei e estou um tanto saudosista. Tive muitas noites maravilhosas naquele bar..



Mas elas ficam no grupo das coisas e pessoas que devem ser relegadas apenas ao passado.