domingo, 29 de junho de 2008
(... y otros sollozos)
quinta-feira, 26 de junho de 2008
do verbo: reclamar
Eu estava indo bem: levei só 20 minutos pra sair da cama, peguei a lotação na hora certa. O professor tava de mau humor, o mundo tava de mau humor. Carreguei kilos de livros por nada. O trabalho que eu fiquei até duas horas da manhã fazendo não estava onde tinha que estar. Ninguém consegue usar meu computador em casa pra me mandar. Imprimo o projeto de mono, enfim. Quantas vezes pode dar erro? Milhas caminhadas entre o laboratório e a sala de impressão nas 785 vezes que fui até lá. Os demais alunos me olhando como se eu fosse uma psicopata fora de controle. Antes fosse. 15 audiências pra assistir. Rá, um seminário de última hora pra apresentar semana que vem ("mas tu fala tão bem". Morre, desgraçado, morre!). Um júri no final de semana. Tua mãe na esquina se tu acha que vou defender o réu. Relatórios. Respira se dá tempo. Quando achei que estava segura, Deus resolveu fazer xixi em mim. Rajadas de vento na parada de ônibus. Ok, lembrar da alegria de tomar um banho de chuva. Meus ossos gelaram. Chicotadas de vento. Água, água... água. Oh, que bonitinha a menina com a franja grudada na cara. 20 minutos depois a lotação aparece. Só pra estragar no caminho.
quarta-feira, 25 de junho de 2008
um guri
Entre balanços que voavam sempre mais alto na minha infância e invasões a plantações de batata há alguns meses (porque as flores são lindas), me limito a dizer que falaria por horas sobre ele e não diria tudo.
Eu sou que nem ele: dois cabeçudos teimosos e orgulhosos, suprem as faltas e ausências com força sei lá de onde e queremos viver com uma alma cheia de poesia.
Feliz Aniversáriooo, paiiii \o/
terça-feira, 24 de junho de 2008
stick to the classics
Pra quem também tem um tombo por fotografia, o link pro cara foda que reproduz momentos eternizados com um jeito de criança. "O" cara no Lego e nas imagens.
Deu vontade de procurar minhas caixas de Lego. Elas existem em algum lugar. Eu e o Jon passávamos HORAS montando cidades perfeitas e brigando pelas melhores peças no tapete fofo da sala.
Saudade também de correr na rua fingindo que jogava futebol, subir em árvores, andar de bicicleta até não aguentar mais. Descer morros de skate. Colecionar bonecas que tinham cheirinho no cabelo. Ouvir a mãe chamar pro banho. Não ter tempo de fazer xixi porque tava brincando. Ainda saber jogar video game (poucos botões era tuuuudo). Brigar pra ver quem sentava no banco da frente pra ir buscar leite (de verdade) numa casa que tinha uma vaca (de verdade). Andar de balanço, me arrebentar inteira no parquinho, viver toda roxa. Caçar vagalumes, dormir na casa da vó. De novo e ainda dar mais uns tapas no Jon por usar a minha caixa de Lego.
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segunda-feira, 23 de junho de 2008
one, two, three... floor
Já comecei a calcular quantas horas posso dormir por noite pra dar conta das provas, das audiências, dos relatórios, da elaboração das peças processuais, etc e etc...
No meio disso, marcho. E marcha quem eu gosto também. Pouco tempo pra fazer tudo que queria e pelo tempo que queria... com quem eu queria. Larguei de mão muita gente, aqueles que tenho vontade de puxar pela roupa e dizer: vocês estão muito chatos. É uma postura contagiosa a deles, pelo visto. Blinders é o termo, perdão pois me falta em português agora... mas só isso deve chegar. Perco tempo com só um conselho: parem de cuspir pra cima.
Mantenho os meus amores de sexta depois do trabalho, do domingo à noite, das madrugadas sem sono e de conversas, do telefone que toca... For the precious ones, I hold on :)
Mas o que eu queria mesmo era postar uma música que tenho na cabeça desde ontem:
yep...
Let the bodies hit the floor...
nenhuma música vem parar aqui sem motivo.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
o melhor beagle do mundo
não posso falar em incondicionalidade... já que o mundo dela gira por comida.
- Quee, Holly?
Invariavelmente ela bufa pra mim e senta colada... procurando um ponto de contato. Era só pra checar os sinais vitais. Se mexe? Então pode continuar dormindo.
Tentando comer a cabeça do meu Snoopy de pelúcia (que amenizava a saudade dela enquanto eu morava fora), de vestido rosa (aii, mãe!), roubando comida, rolando nos meus tapetes, roncando como um porquinho quando falo com ela... não tenho dúvida, é o melhor cachorro do mundo.
Meu nariz gelado preferido :)
Ganho dias inteiros...
ps: rá! achei o super livro de tirinhas do Snoopy que tenho desde criança... com as ilustrações gráficas de uma criança de 4 anos de idade \o/ \o/ \o/
quarta-feira, 18 de junho de 2008
"Tu já olhou a lua hoje?"
A pluralidade das estrelas é só o menor dos problemas.
"Fly"
Nessas ele me faz entender que não estou gritando e pedindo demais, mas chorando baixinho e pedindo tão pouco. Me fez prometer enquanto me balançava pelos ombros. Pediu uma, duas... 4 vezes, até me fazer responder. Agora eu tenho uma promessa pra cumprir... uma promessa que é justa pra mim e só pra mim, que assusta pela simplicidade mas de execução um tanto... ai, Deus. Eu me pergunto: como eu vou fazer isso?? Na verdade eu tenho duas promessas. A segunda é que não vou esquecer disso. Nunca.
You said never to settle for nothing less...
(Misguided Angel- Cowboy Junkies)
segunda-feira, 16 de junho de 2008
um guardanapo e uma caneta, por favor?
Rabiscado em um balcão de bar na quarta à noite.
Livewire no palco.
Arte gráfica final por conta do Nick.
hehe
tanto céu e tanta terra
Foi um dia bem aproveitado.. de um Havanna a contragosto que virou uma festa muito boa já nas primeiras horas do tal dia das pessoas com alma romântica... e que acabou com uma finaleira cheia de significado num estúdio (tu tem que tocar tudo que eu gosto?? saco!)... e quando eu achei que tava jogando alto pra não cair mais, sabia tocar "Bem que se quis" também. Tem mais gente que desmonta. Na verdade, não havia um que não tivesse o olho cheio de lembrança.
Acorda quem dorme... eu só levantei. Ganhei presente ("tu não é minha namorada mas eu te amo"), comprei presentes pra mim... Dois livros livros infantis pra manter a magia fluíndo (porque sempre é necessário)- Peter Pan e The Happy Prince and other stories. Depois de um dia observando pessoas muito azedas e achando tudo muito engraçado, me joguei em 3 festas de solteiros na noite com companhias inusitadas e agradáveis... Mantendo o ritmo, ouvindo o que gosto, rindo com quem importa, percebendo que alguns casais simplesmente não funcionavam nas festas pra eles, segurando quem precisava de mim, sorrindo pra quem merecia, selecionando informações pela relevância, matando saudades, apanhando (literalmente) do cupido no Zaraba, correndo pro Mississippi, me enrolando no banco e sentindo o que precisava, pegando a finaleira do Revival, caindo de sono, chegando ao fim, ganhando um abraço pra quebrar minhas costelas no final da noite, um olhar e um sorriso que não precisaram de explicações, saindo de canto, deixando em segurança, achando um berço....
e fui bem mais feliz que no ano passado. Ou no outro... ou qualquer outro.
quinta-feira, 12 de junho de 2008
Semtigo
Política vigente por tudo já vivido:
One drink to remember... and than another to forget
Analisando (nem tão) friamente os dias dos namorados passados e (quase) vividos, me punindo metodicamente pela mania de escrever tudo e fazer de diários os livros da minha vida, sentei na cama dias atrás, abri algumas agendas, cadernos e fichários e fui atrás de algumas lembranças há tempos esquecidas. Antes assim tivessem ficado.
Computando (também metodicamente) datas, números e (por que não?) pessoas, cheguei a patética conclusão de que passei um (eu disse UM) dia dos namorados acompanhada. Nem posso dizer que dignamente. Longe disso.
Devo essas lembranças, boas e ruins, a namoros que não duram mais que 4 meses, pessoas que não se fazem necessárias, frases automáticas, abraços inexpressivos, amor de mais... amor de menos... solidão e minha própria companhia, festas agendadas, beijos vazios, sono tranquilo, nem um minuto de descanço, ou um porre homérico que deixaria Dionísio orgulhoso (a million drinks to forget)... já tive de tudo em 12 de junho.
Além do fato de eu ter quase certeza que, por vezes, Santo Antônio só pode estar me tirando por deixar faltar tão pouco... ou as vezes faltar tanto, resolvo não reclamar... baseada simplesmente na teoria de que o pior não tem limite.
Perdão pelo texto em um dia que muitos gravitam em torno de ideais de romantismo. Nem me chamem de amarga. Tô nada... to na previsibilidade do que depende só de mim, mas pelo menos é seguro. Amargura é pra quem não tem esperança. No máximo, um pouco ácida... ;)
Uma vez decidido que vou viver até os 94 anos, me restam ainda 67 tentativas. Há esperança. Montes de esperança.
Seja lá quem for ou quem ainda vai ser... contigo ou 'semtigo', sigo :)
para aqueles com alguém pra chamar de "meu":
Feliz dia dos namorados
ps: e começa tudo bem com "Bem que se quis" em um estúdio de porão na madrugada... um início poético, não vou negar...
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Bivolt
segunda-feira, 9 de junho de 2008
Mas que puxa...!
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Frank Who?
Quando nessa vida eu vou conseguir discutir música com alunos assim?
Eles acham que Green Day deu origem ao punk. Levantam as sobrancelhas às menções de MC 5, New York Dolls e Iggy and The Stooges. Choraram quando o Blink 182 acabou. Led Zeppelin o irmão mais velho de um ouvia... mas ele não gosta. A camiseta do AC/DC que surgiu do nada era do irmão e ele gostou do logo. Achou que eram de Seattle. Por sinal, de Seattle só o Nirvana... que é vanguarda pra eles. Quando eles tentam me impressionar falam do Guns n' Roses. Me olham com horror quando falo sorrindo de Elis Regina e Chico Buarque que me deixam tão tranquila. Vão aos shows do NX-0, tem seus próprios grupos de pagode, mas não gostam de samba(!). Acham incrível eu andar na rua ouvindo Frank Sinatra e não conhecer Fresno. Bon Jovi é gay... e Bowie é uma mulher que canta blues. Mas eles conhecem Elvis... porque viram um vinil que era da avó.
Então eles me olham cheios daquela indignação adolescente e me perguntam como se eu fosse complicada e difícil de satisfazer:
- ... boa.
terça-feira, 3 de junho de 2008
...dizia que o ar estava com cheiro de lembrança
em noite silente
Mais ou menos como uma sombra chorar outra sombra.
Nenhuma é.
Uma notinha de canto que caiu no meu colo ao abrir o livro aquele... que tem todas as respostas:
"Se perdi meus dias na volúpia, devolvei-mos, deuses generosos... para que os perca outra vez" ;)
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Ohn... um tanto quanto (...?)
"Ahh tanto faz... E o que não foi não é... Eu sei que ainda vou voltar... Mas, eu quem será?"
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Ouço o que convém.
Eu gosto é do gasto.
(...)
Eu digo o que condiz.
Eu gosto é do estrago.
.
.
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{retalhos de Los Hermanos em posts introspectivos}
To virando mulherzinha dengosa de novo. Mienta.
E ando muito doce e compreensiva... Definitivamente: há algo de podre no Reino da Dinamarca.
... cá com os meus encantos pelo gasto e o estrago...
"Ahhh, ora, se não sou eu quem mais vai decidir o que é bom pra mim?... Dispenso a previsão."
(num pano de guardar confetes)
Penso que realmente as coisas mais insignificantes são as que têm maior importância... e é por elas que a gente se perde....
mas que não é tempo demais.