quarta-feira, 18 de junho de 2008

"Fly"

Eu paro e fico pensando como ele passou a entender tanto de mim em tão pouco tempo. Dois meses? A gente nunca parou realmente pra conversar... sabe, sobre essas "coisas da vida". No entanto ele veio me falar de coisas que eu nem via acontecer. Ou talvez veja... mas já me acostumei. Na verdade ele não entende tanto assim, não é necessário que haja um estudo de caso. Ele coloca a culpa no óbvio.
Em um churrasco emergencial de despedida no Revival, em plena segunda feira, me puxou de canto e enquanto todo mundo achava que ele tentava (em vão) se dar bem, ouvi que ele não podia ir embora do Brasil sem falar comigo mais uma vez e me fazer prometer uma coisa. Ele disse que era simples. E eu ouvi tudo e fez tanto sentido. Sabendo que eu nunca conversei com ele sobre isso e que ele nunca me perguntou.

Nessas ele me faz entender que não estou gritando e pedindo demais, mas chorando baixinho e pedindo tão pouco. Me fez prometer enquanto me balançava pelos ombros. Pediu uma, duas... 4 vezes, até me fazer responder. Agora eu tenho uma promessa pra cumprir... uma promessa que é justa pra mim e só pra mim, que assusta pela simplicidade mas de execução um tanto... ai, Deus. Eu me pergunto: como eu vou fazer isso?? Na verdade eu tenho duas promessas. A segunda é que não vou esquecer disso. Nunca.
Passei o resto da noite olhando e não vendo o menino de costas jogando video game. Olhando e não vendo as pessoas encontrando fugas pra problemas. Olhando e não vendo mulheres perderem a linha. E com os olhos batendo a toda hora enquanto ele me analisava quieto. "Let go, baby... let go".
Cantando baixinho uma música noite afora... alheia ao samba e as músicas ainda sem voz da Livewire.
I said brother, you speak to me of passion...
You said never to settle for nothing less...
(Misguided Angel- Cowboy Junkies)

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