sábado, 31 de maio de 2008

1 x 0

(de um bilhete rabiscado num guardanapo)

Gramado

Agradeço ao almoço em minha própria companhia, ouvindo Carlos Gardel, controlando pra não balançar, sorrir demais... e ao Congresso de Direito que me botou em segurança.

You can't always get what you want
But if you try sometimes you just might find... you get what you need
(mais certo impossível)

Saí pra mais uma caminhada no sol e com as mãos no bolso... no frio de congelar a ponta do nariz. Eu assobiaria se soubesse.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

God, protect from what I want

Eu realmente preciso aprender a gerenciar meu tempo. Como tudo atrasado ou fora do tempo, devo fotos pro mundo todo, notícias pra um monte de gente, ligações que já não vou mais fazer... e outras que não vou mais atender.

O feriado era uma chance de organizar tudo... Logicamente, além de não resolver coisa alguma, ainda adicionei alguns problemas. Ou soluções... tudo uma questão de ponto de vista. Então queimei umas coisas aqui, dei prioridade pra outras ali... e se Deus for bom, vai dar tudo certo.

Cada vez tenho mais medo de feriados. De uma quarta feira só de festa, gente errando a porta pra sair do bar, uma quinta triste e de despedidas...Uma sexta de amigos e música boa e bar a noite inteira. Uma sexta como tinha que ser...

As vezes as palavras sobram. As coisas vão sozinhas.
Não nego nem uma lembrança...
(... como uma lady)

Meu funcionamento começou a ficar prejudicado por ai... me dei férias por uma noite por puro merecimento... voltei a vida no domingo, meio que querendo o contrário. Me incomodei a noite inteira tentando fazer as coisas do jeito certo e vendo coisas que não dependiam de mim dar muito errado. Fiquei chateada de ver comportamentos lamentáveis de pessoas que gosto muito, tive vontade de abraçar uma pessoa que ama demais e já perdeu todos os limites do razoável. Ou do humilhante.
No meio do meu silêncio olhando pra tudo aquilo e depois da milésima ameaça de mandar ele de volta pro Canada em uma super-tiny-mini-box se não se comportasse... ficou subitamente sóbrio, como se tivesse achado o norte de novo:

- That's what I love about you... I don't expect any other attitude coming from a girl like you, any different behavior. You seriously make me proud when you do it... and that's why it's so great to hang around you. Say, what are you looking for? What do you want?
- let's say I ask myself the same thing every now and then...
- ... ... ... there's no man for you in here.
- (muda)
- you have to set your standards higher.
- there must be a problem when you ask for too little and you get even less than that...
- the problem is that you ask for too little... remember: You have to go high. You've got to set your standards higher... 'cos you're the only girl here who can actually do it. Ask-for-more, baby... You'll get it.

Conversas de finaleira me quebram. Ainda considerando a mini box depois que ele, além de tudo, me faz chorar durante um acústico improvisado às 6hs da manhã.

A promessa de descanso era válida. "Onde tu tá?? Vamo pro Ninho? Tá todo mundo esperando na frente do Mississippi. Voa!"
*suspiro*
Uma festa sem fim no meio do mato na segunda. As melhores fotos. As horas mais divertidas. Queria um tele-resgate depois de ter chegado nos meus limites do que é aceitável ou não. De longe, ganhei uma conversa de cantinho no telefone, no escuro no meio das árvores. E lá, um travesseiro e cobertores... and lullabies :)
Tudo volta ao normal.

Mas uma frase do Douglas na finaleira do Havanna ontem a noite não sai da minha cabeça: o que a gente mais tem medo sempre acontece.

Eu já sei o que tenho que fazer.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

(so take a look at me now)

postando o barulhinho que não me deixa: Dakota (Stereophonics)



"Thinking about thinking of you..."


Não ouvia há tanto tempo... A banda do Fher tocou no Revival sábado, dei atenção às palavras e contra a vontade estou ainda cantando. Criar trilha sonora pra momentos é complicado.


Os meninos da banda continuam tão ou mais "gringos" do que no dia que chegaram, foram esquecidos no aeroporto e depois levados pra um churrasco com a gente na casa da Rê.
E quase matamos os moleques de indigestão.
É necessário manter o controle por alí.... e eles já aprenderam tudo que precisavam do português: os números e "cerveSSa".
Carla, our cupcake, me rega a whisky-e-Guaraná- "because you neeed it".
Sério, tem noites que é melhor eu não ter um copo na mão. Acreditem.


Perguntaram o que eu tenho ultimamente. Não sei, acho que não mudou nada e continuo a mesma. Só olhei em volta... e ví pessoas. Não sem surpresa...
Os momentos têm sido bons.


os "PS":
- te disse que ficava linda com a blusa branca. Tu vai ficar bem...
- "Valerie" foi a música da noite.
- me disseram que nem o pai do Steve entende ele porque realmente fala mais esquisito que o resto dos britânicos. Ah, bom.
- não se pergunta "se está atrapalhando" quando senta no meio de duas pessoas (rá!). :p
a resposta sempre vai ser "errrrrr... ... ... não...". Se divertiu, né? haha
- mulheres feias não deveriam fazer strip-tease. Pior ainda é usar isso como arma. Falharam miseravelmente.
- Wake up cold coffee and juice
Remembering you
What happened to you?
I wonder if we'll meet again
Talk about us instead
Talk about why did it end

(malditaaa letra)

Cheers, babies. Boa semana porque hoje é uma segunda com cara de quarta \o/

segunda-feira, 12 de maio de 2008

certa para o nunca e sempre (?)


Tinha um época que aniversários não faziam lá muita diferença pra mim.
Esse ano decidiram que ia valer a pena... Eu decidi e decidiram por mim.
E então a festa... O acústico com repertório que adoro, a ligação a 10 minutos de começar e o esporro por eu não estar lá ainda. Noiva idiota e atrasada.
As palavras sinceras, as palavras automáticas e o silêncio que falou por si. Tudo bem.
Ver quase todo mundo lá, naquele buteco atrolhado, foi muito bom... e nessas eu perdi muita gente, dei pouca atenção pra gente que merecia mais... mas aproveitei porque tinha decidido que ia ser assim.
Passei vergonha no palco depois de ser intimada cruelmente pela banda e mesmo aos gritos de que não queria, fui colocada no palco por dois ogros prestativos e que se aliaram ao inimigo naquela hora. Drogaaaaa. Não tive nem escolha, quando ví já tava lá. E não joguei o buquê... Só via um mar de cabeças e ia procurando os mais significativos e quem não tinha visto ainda. Eu não queria dizer nada, só queria fazer o que fiz a noite inteira: me pendurar nas pessoas e agradecer por tudo.
Foi a festa mágica numa noite que durou pra sempre.... as melhores lembranças :)









Àqueles que são responsáveis pela minha festa interior, pela minha infância prolongada,


um agradecimento:

Laine e Jon- Pela paciência e por falar 458 vezes que minha fantasia ia dar certo.

Grazi- Por pedir ela emprestado... hehe

Cíntia- Pelos esporros, pela ajuda, por me olhar mais do que torto em "Enjoy the silence", pela companhia até o fim da festa e por correr com a noiva no meio da rua com o dia nascendo.

Tchuky- claro, por me deixar completamente sem jeito ao me fazer subir no palco e pedir que eu falasse... por lembrar como é sentir vergonha depois de tanto tempo sendo paga pra falar.

Os meninos do acústico- por tocar de graça... e tocar o que importa.

Jacu- meu Jacuuu! Agradeço todo o carinho sem fim e a sinceridade nos olhos enquanto falava no acústico... Por Wicked Game, por estar sempre presente quando preciso e quando não preciso também... e pelo sorriso aberto que me tranquilizou quando me viu chegar. Te amo.

Vento- pela tarde de quinta-feira que "precisávamos" ir marcar o aniversário e por ter mantido o plano até dar tudo certo... apesar da nossa total incompetência em manter um bom convívio ultimamente ... ... .... e apesar de tudo.

Mosna- por proporcionar os meios, pela cara de desespero quando marcamos o aniversário tomando uma cuba as 3hs da tarde, pelo suspiro e pelo "ok, vamos fazer".

Grasi- Meu alemão! Quase me desmonta quando sobe no palco pra cantar a música do meu primeiro beijo. "What's Up" me tirou dos trilhos. Obrigada, obrigadaaaaaa!

Re- por ter aparecido na festa só pra me dar um beijo, com cara de doente e sem voz.

Plentz- pelo abraço infinito e bom demais. Minhas costelas doem.

Os Tris- meus pimpolhos! Meus trigêmios e anexos... e um dia virou carinhoso se chamar de 'loser'... valeu o sorriso gigante quando ouvi no meio do meu discurso que não aconteceu. Por falar nisso, to colocando a culpa em vocês \o/

Bibi- por ter trocado de fantasia em tempo recorde e por dizer que não era justo ir de noiva na 'noite que era minha'. Dividiria o cargo de noiva contigo com orgulho... :)

Fran- minha menina que me procurava com os olhos nos momentos certos. Era um alívio. E como é bom ver tua felicidade.

A Salve Ferris- por fazer o que sempre fazem... e porque eu nunca quis outra banda tocado no meu aniversário. Agradeço por "Menina Veneno" e ... por errar "Beds are burning" todinha hehe.

João- pela paciência sem fim, por se segurar pra não bater em ninguém e por dançar comigo até a pista ficar vazia e escura.

aos ogros que me arremessaram em cima do palco: queimem no inferno!


Um aniversário perfeito em que esperaram os primeiros minutos do dia 9. A sutileza dos detalhes, os presentes pensados e que só poderiam ser pra mim. O almoço, as mensagens, o celular que toca e toca, o interfone e frases simples que valem o mundo... gente cantando no portão e apertando meu pescoço....Os parabéns do Jacu e da Su... meu pedido que não poderia ser outro.

O carinho me quebra. É o que me ganha... é o que importa pra mim... porque eu funciono assim.


Eu tenho sorte na vida em ter vocês por perto.


terça-feira, 6 de maio de 2008

(out of order)

As vezes eu sinto raiva das pessoas que me conhecem tanto. Só precisa um minuto pra apertarem os botões certos e eu sinto mais raiva por ter permitido que um dia elas encontrassem os botões. Invariavelmente esse conhecimento vem de uma boa dose de suplício comigo, a manutenção é alta e eu sou um pé no saco. Exigo demais, reclamo demais. Quero demais . Mas eu até que gosto de dar trabalho... e ver que mesmo eles reclamando como menininhas, continuam alí do lado.
Fez duas perguntas e eu larguei em cima dele tudo que tava trancado na garganta. Falei, falei. Gritei por 10 minutos falando sem parar. Falei como o mundo é injusto e o ser humano é podre e contei histórias românticas. E ele me ouvindo. Perguntou se eu nunca aprendo. Claro que não. Parece que eu aprendo??
Falei mais um pouco, destilei maldades. Xiguei o mundo. Por sinal, que exploda (certo tá o Tchuky em dizer que eu me importo demais com as pessoas).
Ele me disse que tinha saudade. Droga. Eu também.
E dei risada do que não tem jeito. Percebi que faço o que critico de mais cruel no comportamento dos outros. Pior, tenho como justificar e parece tão justo. E ainda me obrigo a entender finalmente, sem querer, o que me derrubou com mais força por meses.
Percebe minhas tentativas de fuga do frango e escudos e barreiras e mentiras bonitas que crio pra continuar achando que ta tudo bem. E sobre ter medo e não saber como agir, só uma frase:

- ... faz o que queria que fizessem pra ti...

Silêncio.
A conversa podia ter acabado ali. Eu não tinha mais nada pra dizer depois daquilo. Acabou com todos os meus argumentos e técnicas de guerrilha.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

ao natural

o que me separa da mediocridade do mundo: Valerie (The Zutons)

Como os meus cabelos e os meus vestidos, o fato de eu escrever pouco ou muito também fala tanto do que está acontecendo. Eu verbalizo todas as minhas tristezas e mágoas, de uma forma ou de outra: aqui, em guardanapos de bar, cartas e bilhetes.
Me perguntaram se nunca mais ia postar. Não sabia, não tinha por quê.
Tenho andado calma e tranquila, feliz até. Por melhor que seja, a felicidade absurda ou a euforia me enchem de medo, porque acabam. O feliz até é presente, é segurança necessária pra diferenciar não o certo e o errado, mas o bem e o mal. Longe do morno. É sentir com calma. Nem eufórica, nem nas nuvens, mas feliz até. Já não me permito menos que isso.
Os dias têm sido tranquilos, frios como eu gosto e confortáveis. Na boa companhia de Fernando Pessoa, Machado de Assis e Guimarães Rosa.
Penso 10 vezes antes de largar qualquer um dos livros pra ir pra rua, mas ainda assim tenho muito a ganhar.
Ontem ganhei um noivo (rá!) pro sábado que vem, já não serei a noiva moderna e independente antes imaginada. Eu amo os meus amigos... mas tem coisas que só alguns deles fariam :)
No sábado passado, um amanhecer que foi uma massagem pro ego e uma carona pro trabalho depois de uma noite longa e que teve fim. Mentiras sinceras me interessam? Já não me comovem... e vejo uma certa dignidade por ele nem tentar. Um bom amanhecer. Tão cru quanto poderia ser.
"A gente cresce sempre, sem saber pra onde"
(Guimarães Rosa)
and everything is fine fine fine...