domingo, 17 de agosto de 2008

"Devo confessar que já me encontro no período intermediário da vida. Olho para o arvoredo e vejo que os frutos já amadurecem. Pelas peneiras desses meus olhos já passaram muitas e muitas coisas, mas foram muitas cascas e pouco grão. Pelo coador da minha mente, já coei imagens ferventes de muitos sonhos, mas foram poucos vapores e muita condensação, pouca essência de verdade. Pelos vales, morros e serras, brenhas e desfiladeiros de meu corpo, muita brisa e vento forte, muito aguaceiro e neblina densa, cerração obscurecendo tudo, a corda no pescoço sufocando, e a gente tateando. Parece que tudo existiu e nada existiu, porque estou aqui como que renascido e faminto, procurando sugar os seios da vida. Tudo aconteceu e nada aconteceu. Nada tão importante que surpreendesse a mediocridade de quem está satisfeito comendo na janta o almoço dos sentimentos. "

(J. Alves)
Enfim, muito engenhoso, mas pouco humano.

2 comentários:

Suani Campagnolo disse...

Pensei em ti hoje as sete e meia da manhã. Embaixo de uma tempestade, molhada até a alma e pensando:

- Eu tenho que gostar disso como a Dessa.

Mas não deu...talvez se fosse na hora de ir embora da empresa, livre e so com o compromisso de chegar em casa eu até conseguiria me sentir bem com o banho de chuva.

Se fosse no verão ia ser uma belezura.

Beijos Beijos

dessa... disse...

hehe mas eu gosto desde pequena...
era um toco de gente e tomava banho de chuva na frente da casa da vó :)

um banho de chuva me enche de lembranças boas... não sinto nem frio

beijo!