domingo, 23 de dezembro de 2007

"... de repente nunca mais esperaremos: hoje a noite é jovem"

o que me separa da medíocridade do mundo: Eu sei que vou te amar (Vinicius)
Refeita e inteira, sob todos os aspectos.
E encerramos os trabalhos do bar com a última festa do ano. Muita gente, muito calor.
Muito de tudo.

Nem eu acreditava que ia ter resistência pra noite inteira (diz minha mãe que eu nunca tenho fim...), mas certo que a melhor idéia que poderia ter tido foi ter levado as Havainnas na bolsa... Daí entre falarem que eu parecia uma hippie.. ou que eu tava solta com o meu 'cinto largo que atende por saia' e chinelos... eu escolho a última. Meus pés agradecem... e a Marcele ganhou uma cerveja passando meus sapatos pela festa.

As minhas melhores companhias e a certeza que eles fazem (quase) tudo valer a pena.

Uma noite sóbria e vendo tudo bem do jeito que tem que ser... não questionando e não julgando o que ví a noite toda. Estando presente quando necessária, participando quando oportuno... Mantendo distância por respeito ao que eu via nos olhos.

Caminhar a noite toda e olhar pras pessoas o tempo todo. E agora ver elas.
É muito bom ter atenção... mas o tempo todo enche o saco. As vezes o que eu mais queria era que alguém só viesse e salvasse (e olhar e dar risada não conta, bandidiota)... O Bitoca me pergunta porque eu to 'sozinha' com tudo que podia estar fazendo. E desde quando minha vontade deixou de justificar tudo que eu faço?

Mas o peso da noite vem de outras coisas...
Minha menina caindo de manhã... geralmente eu que choro, ver que tu consegue fazer isso também é quase um alívio. Algumas dores são necessárias... mas não te cobra demais e não assume funções que não são só tuas. O resto é do tempo e da paciência.

Ouvir Lady Jane deitada no palco e sorrir o tempo todo por saber que não precisava de mais nada e agradecer por conseguir ver essas coisas tão pequenas.

Entender porque chamam o Nick de pai.

Reclamar de frio e tirarem a camiseta pra eu vestir (sim, tava cheirosa). Te amo, estrupício.

Ver o dia amanhecer lindo lindo na sacada sentindo o cheiro das flores nos cabelos.

Um churrasco emergencial pra quem sobreviveu... e foram poucos.

Não saber se aquele abraço (que conheço tanto) de 10 minutos no sol das 9hs da manhã era ainda por ele... ou se por mim também.




... e voltando a pé pra casa ao meio dia, com os sapatos na mão e o sol no rosto, só confirmei a certeza que tinha já ontem a noite na janela do quarto escutando Vinícius e sentindo o cheiro do parque: a noite era minha.


Por essas, a cortina do quarto continua toda aberta pro meu pedaço de céu e árvores nas noites de verão. Agradeço muito por a janela ser tão grande.. e a vista ainda ser tão azul da cama.

2 comentários:

Adele Corners disse...

Te amo, tá?

Brigadinha e desculpão.

dessa... disse...

desculpas por que?
se é assim.. senta que eu vou começar a pedir por todos os dias que fui pro teu colo...

te quero bem... pq também te amo