Working on the night moves...

o que me separa da medíocridade do mundo: Lola ( Kinks)

Testando meus limites essa semana... não paro desde segunda, levando em frente com quase ou nenhum sono, queimando compromissos porque não fico em pé, não negando convites, sendo parceira até pra jogar pedrinhas no lago e tendo sucesso em me manter ocupada a maior parte do tempo (uma ótima técnica que devo agradecer a uma certa menina...)

De longe a melhor noite até agora foi terça. Mas te falo em diversidade essa semana. Noite de um monte de gente na casa do Rafa.. ensaio rolando, mulherada na cozinha, churrasqueira no tanque e cerveja que aprendi a abrir no braço (lindo hematoma). Nada como estar em casa... Melhor é ouvir isso. Fico feliz por ter aceito o convite pra primeira finaleira lá... e por nunca ter realmente saído de lá. Tudo diferente e tudo igual... uma distância que foi por um tempo observada e a volta pro mesmo lugar de sempre, sabendo que era assim que tinha que ser. Casa que me enche de nostalgia e de lembranças e sorrisos: um inverno frio demais todinho lá dentro e narizes vermelhos, finaleiras até as 10hs da manhã, comer cachorro quente em círculo no chão da cozinha (continua tudo igual, mesmo tendo cadeiras agora), a briga e o planejamento necessário pra usar a única panela, cheiro de bolo de chocolate de manhã cedinho, escalar o limoeiro de salto agulha pra levar limões pro Revival, uma festa de despedida porque eu e o Jon estavamos indo passar UMA SEMANA na Argentina... fritar pastel com o sol batendo forte na porta pra um café da manhã merecido depois de uma festa forte. Um amanhecer. Acordar ouvindo Pearl Jam e com um cobertor de solteiro. Brigar pro Rafa tirar o cd do Rush e colocar Sour Girl pra mim. Sorrir quando hoje ele lembra disso sem eu pedir. Dançar no escuro do corredor. Choro na escada e abraços sinceros. Porres de Velho e Coca memoráveis. Lendas. Histórias. Mitos. Sair de moto com o Potro pra comprar mais litros e ventilar a alma. Subir a escada no escuro e usando o celular... hoje tem até luz. Conhecer pessoas essenciais lá e carregar outras tantas porque tem que ser assim... Tomar o único café preto que tomo, com os dedos tão gelados que nem sentia mais nada. Achar o alívio e o tormento que procuro. Saudade do inverno.. mas aquela churrasqueira na área me traz boas promessas pro verão.

A quarta era pra ser em casa.. Sim sim... Óbvio que vou. Meeeeeu, parece que ele tava tocando a mesma música o tempo todo!! Ficou tudo ótimo depois que o mundo foi embora.. e sobrou a rodinha dos resistentes com copos na mão. Conversas mansas até 2:30, até sobrar só a nossa mesa e passarem por nós com vassoras. Menina linda a Jô que também é só coração... um abraço e um beijo estalado na bochecha que valeram tanto.. Tudo passa, baby :) Isso também...

Ontem eu não ficaria em casa nem que me pagassem. Jon patrocinou um litro de Jack pra comemorar a volta à vida de adolescente e tardes em frente a televisão. Brindei à liberdade dele... e que traga todo o alívio e leveza que ele mereça.
Entro no Vagão sozinha e com um sorriso de foda-se maravilhoso. Corre um corredor inteiro e monta em mim. Feliz feliz feliz. Fico ainda melhor quando vejo que falta uma menina minha.. e descubro que as coisas começam, enfim, a dar certo como ela ta precisando. Gente de espírito leve e riso solto.. que bem me fazem. Gente que eu nunca ví antes me chamando pelo nome e me contando coisas da vida que eu vivo. A minha vida. Tem algo meio errado nisso... Três vezes numa noite é demais.
Bate em retirada pro Revival antes de acabar o show... pego o final do show lá. Foi a terceira música e não deu tempo... Não rola Lola... e como tu me deve por isso!!
Páro tudo e vou escutar o Dé cantando no acústico...

How does it feel
How does it feel
To be on your own
With no direction home
Like a complete unknown
Like a rolling stone?

Trocamos um sorriso gigante e tudo estava do jeito que tinha que estar. Livre e solta.