sempre o âmago dos fatos

(minha guerra e as flores do cactos)

Um final de semana interessante... de rever algumas decisões, de não permitir que algumas coisas fiquem no 'pra sempre resolvido', rever algumas pessoas, reviver um tanto de coisa que fazia falta de formas tão diferentes, rever o que não era necessário e cortar miseravelmente antes de machucar alguém. Um final de semana de deixar quem me conhece muito chegar de volta um pouco mais perto e perceber que em alguns momentos a gente ainda sorri exatamente como sempre sorriu... mas do resto, nada sei.


Encontrei o Bavinha no Festival de Blues no sábado. O abraço dele foi uma das coisas mais sinceras da noite e eu sorri muito abraçando ele. E achei graça em ver aqueles olhos bizarros, um castanho e outro verde, brilhando estranho quando falava da namorada nova. Lembrei do irmão dele... e lembrei que Gabriel García Márquez fala que é uma lástima todo suicídio que não foi por amor. Saudade do Fabrício. Saudade daquele verão louco que ele foi meu filho e do Dani. Uma lástima.

O Festival de Blues na Estação foi um sangue novo bem necessário pra vida cultural da capital da cultura (!!!). Gente diferente, um vento filho da p*** que sempre tem naquele lugar, frio e cabelo voando, correndo de bar em bar, encontrando gente que nem esperava, ouvindo a mesma música o tempo todo... é sempre igual, mas é preciso abstrair pelas diversões paralelas.

Foi uma noite inteira de blues.

[desabafo mode ON] é a indiferença o que me quebra. Não basta saber dizer não. No final, estão certos: a culpa é minha. A gente dá pras pessoas o valor que elas têm. Com o detalhe que eu não tenho competência pra viver bem com abismos de sentimentos. Pelo menos fico feliz de estar na parte de cima da montanha... Eu não perco por sentir. Eu me contento com o que é simples.. Mas que isso nunca se confunda com pouco, porque eu também trabalho com o que é justo. [desabafo mode OFF]

... Foi uma noite inteira de blues.


E que venha a semana que mais me assusta. Todo mundo diz que vai dar tudo certo... e uma vez na vida eu quero acreditar que eu que estou errada e o resto do mundo realmente está certo (oh!).

Um cego na fronteira, filósofo da zona
Me disse que era um dervixe
Eu disse pra ele, camarada
Acredito em tanta coisa que não vale nada...

Não sei por que nessas esquinas vejo seu olhar (?)