quinta-feira, 17 de julho de 2008

o mal necessário

a música: Pra ser sincero (Engenheiros do Hawaii)

A janta foi na casa mais legal do mundo. Se eu tivesse ficado lá ouvindo e aprendendo sobre ópera tinha ganhado mais... infinitamente mais. Mais importante que isso: não teria perdido nada.


Eles tiveram meus melhores sorrisos quando tudo valia o que merece. Dava gosto ver a empolgação daquele pai gurizão de uns 60 anos fritando em volta da gente. Fomos da ópera à Boate Azul.
No entanto, o que mais marcou foi uma interpretação do Elvis pra My Way.

Depois... Inauguração do Berlin. La Barra quando eu queria era sair do Dodge. Finaleira VeraLoca.
Não faz sentido eu me machucar de uma maneira diferente pra tentar curar uma ferida. Nem de todas as maneiras possíveis. A gente jamais deveria trair o que sabe que é a essência, o que acredita que tem de mais verdadeiro e crê de forma mais pura.
Não são erros imperdoáveis e não vou me culpar pra sempre pelo deslize, digo até que foi bom só pra eu ter certeza que o caminho que sempre percorri é o certo. Eu não sei brincar assim... trai só a mim mesma, mas a certeza do que não sou vem como uma benção.
Entendi na prática o que me disse uma vez... "... tu é mais ou menos assim. Porque tu não é, mas se comporta como se fosse".
Na hora certa...
Fora isso, tudo correu na paz merecida. Gente de casa, gente nova. Poucas coisas me deixam tão à vontade como uma roda de violão e amigos numa madrugada... assim, quietinhos, cantando de canto.
Ainda me maltratou tocando Engenheiros maravilhosamente bem... e me fazendo lembrar de coisas que eu to fazendo força pra não lembrar. Agradeço, mas errou na escolha da música... nada grave. O sorriso foi sincero, mas ele não tinha nada a ver com o momento. Para todas as outras, o sorriso era daquela hora e de todos que estavam lá também, brincando tranquila com uma taça de vinho entre os pés descalços.

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