quinta-feira, 10 de abril de 2008

Lua Adversa

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.


Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.


E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
(Cecília Meirelles)

Lindaaa Cecília que me acompanha há anos... Poema sempre presente e que vez que outra vem à tona. Entre ele e Canteiros, não sei qual gosto mais... acho que depende do que tem aqui dentro.
Essa semana me falaram em sincronia... e como tudo muda o tempo todo. Hoje ouvi Hello, Goodbye dos Beatles.... e tem ainda a sempre certa Alice que fala que é muito confuso ter muitos tamanhos num mesmo dia... Todas as variações sobre o mesmo tema.
... Lembrei do menino com cheiro de bala. Da nossa total falta de sincronia em tudo. Ou quase tudo.... No mais, somos só as estátuas vivas do Desencontro.

4 comentários:

Paulo disse...

Às vezes eu acho que a sincronia e sua falta são lados opostos da mesma moeda. Mas às vezes eu acho que não.

=)

Anônimo disse...

Bah!
Que saudade!
Mas isso aqui é tá demais! Adorei!
Eu tenho saudade e nuuuunca mais te vi! Por onde andas?

Anônimo disse...

Tá demais*
Esquece o "É" ¬¬

dessa... disse...

Paulo, a falta de sincronia ainda me mata...
certo que sim
um dia, UM DIA, tem que dar certo.

Kareeeeeeeeeeen!!!!
que máximo te ver por aqui!!

saudades, guria! Vê se aparece sempre... :D