segunda-feira, 14 de julho de 2008

pela (não) banalização do amor

Em algumas situações é melhor pecar pela ausência do que pela fartura. Falo de termos. Bons tempos em que a gente ouvia falar de amor e acreditava... Eu te amo virou lugar comum. Maldita disseminação dos meios eletrônicos.
Primeiros as cartas perderam o valor, dai tudo ficou rápido e prático... como se não bastasse a minha frustração em receber recados em letras padronizadas mundialmente e ficar faceira que nem pinto no lixo quando recebo um pedacinho de papel assim rabiscado com a letra de quem parou um pouquinho pra aquilo, tenho que lidar ainda com conceitos vazios pra sentimentos.

No fantástico mundo de Dessa, todos os eu te amos já foram de verdade. Não que eu tenha perdido o romantismo (que Deus nos livre), mas observando pessoas, fica fácil falar em... hipocrisia... mas não é minha função estourar bolhas de felicidade (logo eu aqui lutando com as minhas...).

Seja sincero consigo mesmo... porque o resto é o que criaram pra nós e nem sempre é bom.

No caso de haver alguma verdade, tudo tem um momento e todas as pessoas têm sua hora e sua importância... frases automáticas diminuem esses momentos e tiram o que tinham de especial... enfim, banalizam. Não é bom dia.

Um namorado costumava ouvir: pára de dizer que me ama (mas eu amoo, ele dizia). Eu quero perder o chão quando escuto, quero sorrir como uma idiota, quero me agarrar no teu pescoço... mas não quero dizer ok ok, amor... passa o queijo?. O pobrezinho nunca entendeu... e eu que sou a ogra com coração de pedra (mas ta na minha wishlist!).


Enfim, falo por mim... eu te amo nunca foi automático, menos ainda aleatório (que sejam castigados devidamente). Conheço dois ou três que fazem o mesmo... e como é bom ouvir "vez que nunca", mas ter certeza do que está ouvindo. A esses, obrigada... mas certo que nós estamos errados. 0_o

na dúvida:

querido (insira um nome qualquer aqui),

pra jantinha de amanhã tá faltando:

*200 gramas de presunto
*300 gramas de queijo
*1 Danoninho

amo!
(insira o seu nome aqui. beijos são opcionais)


...não façamos do amor algo desonesto.
(L'aventura- Legião)

4 comentários:

laine. disse...

em certas ocasioes, há certos momentos pra amar...

dessa... disse...

o tempo de amar é sempre... e que seja de verdade. que a palavra seja cheia de significado, dita mil vezes por minuto... mas com tudo que ela significa.

a gente já vive demais do que não é e do que não foi.

:)

Suani Campagnolo disse...

eu poderia inserir o nome do Murilo nessa listinha de coisas que esta faltando...ele ia amar...hehehe

e quanto ao amar, ah, to contigo, e outra, além de viver demais do que não é e do que não foi, o pior é viver do que já passou...

Beijos

dessa... disse...

eu não diria melhor, su... :)

viver do que já passou é complicado, sempre uma sobra...

mas é parte do que somos.

beijo beijo beijo!