segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

"Nem toda perda tem seu valor"

o que me separa da medíocridade do mundo: All Our Past Times (Eric Clapton)
Iniciando uma segunda-feira às 8hs da madrugada...
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Pipes, ele tem cheiro de churros...
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Começou dezembro
E se novembro foi muito meu, dezembro então nem se fala. Sempre é meu.
Eu passo o ano esperando dezembro chegar... é quando já não to mais aguentando, que quero mais é que tudo acabe da pior ou da melhor maneira... mas acabe. Cansada, contando os dias, computando minutos pras férias. Mês de cor, mais curto, de dever cumprido pro bem ou pra mal.
E daí tem o Natal. Eu tenho a mesma sensação que tinha na infância. Espero, adoro. Espero a primeira tarde (livre) de chuva pra montar a árvore, comendo biscoito recheado. Na caixa de quinquilharias pra pendurar tem coisas de quando eu nasci. Todo ano é igual... não importa de tenho 6 ou 26. A casa tem cheiro desde sempre pro Natal (talvez só perca pro cheiro de mãe na cozinha fazendo brigadeiro pro aniversário). Tem casa cheia, nem que seja com os mesmos de sempre.. mas sempre cheia.
Eu precisei sair de casa pra entender isso. Um Natal gelado em Boston, fazendo mudança no dia 24. Na cidade a 4 dias. Estar no metrô sozinha, vendo todo mundo ir pra algum lugar pra aquela noite, com presentes, banho tomado e barbas feitas. Acho que nunca me senti tão sozinha. Pra quem tem como maior medo a solidão... chorei o tempo todo. Mas de canto... porque não entrego o jogo. O Jon morando em Philly. Falei com a mãe. Ouvi ela chorando também... Tava numa festa cheia de gente e sentindo tudo vazio também (home is where your heart is...). Ela não conseguiu jantar. Meus meninos acabaram chegando em casa e acalmei... ceia no chão da sala, ouvindo Bob Dylan e comendo sanduiches.
O cachorro de pelúcia em cima do meu monitor foi um presente deixado na porta de casa... pra esquentar um Natal sem presentes e sem as minhas pessoas. E ele ainda tem o cheiro que sempre teve, desde aquela noite: Angel (um perfume doce e suave... rosa). Talvez só eu sinta.
Naquela noite nevou.

Então eu espero por dezembro... porque eu sei exatamente com quem vou estar no dia 24 e o que importa. É meu. É meu grito de liberdade e a redenção da minha dependência em quem eu amo mais que tudo no mundo. Eu dependo... e assim que quero que seja porque não tem como ser diferente.


Então começou bem. Um fim de semana 'booooom', como diz a Pequena Gigante. Mais Gigante que nunca, por sinal... Eu agradeço esse teu coração enorme... e tão fraco quanto o meu pra perdoar tudo. No fim a gente lucra sempre. Pelas pessoas. Pelo peso que não se carrega. Por não ficar colecionando mágoas e destilando veneno.

O sábado de Vagão foi de uma grandeza sem tamanho. Uma festa livre. Muito livre. Uma pessoa que tava por alí a tanto tempo... e que ganhou uma chance. Nessas a gente lembra que carinho e atenção a gente não pede. Não espera. Pior, não pode achar normal não ter. Carinho e atenção se ganha... ou não. Só ganhei por baixar a guarda e ver como as coisas são amplas.
Certa tá a (Lei)Laine... eu não to acostumada com isso...
Foi parceria até pra Revival na finaleira com "a rainha da batata-frita de mini-saia". E sem largar da minha mão. ;)


Eu basicamente lamento que o Rock Gol não tenha saído embaixo de chuva final de semana passado. Calor dos infernos. Roupas sumárias. Juntou todo mundo... desculpa da jaguarada pra correr bêbados atrás de uma bola.
Mas muito divertido. Tem de tudo, claro... Uma comédia. O comportamento humano é uma coisa tão interessante de se observar... Eu só ganhei por não perder palavras e ficar lá olhando tudo de boca fechada. Cercada de quem eu gosto e de quem gosta de mim. Risadas impagáveis. Comentários incríveis daqueles ogros "Procurados" sentados logo ao lado... Gente me mimando, massagem nos pés. Mulher perdendo a classe por ciúmes (pfff). Homens perdendo a classe pelas peladas erradas. A atenção das pessoas certas. O desejo de atenção do mundo de várias pessoas. Vários comportamentos lamentáveis que me encheram de vergonha. Um comportamento que me entristece... de alguém que significou tanto e hoje não reconheço.. e que hoje usa o que sabe que mais me atinge como arma preferida. Saudade de quando a gente se respeitava. Mas entristece só um pouquinho... só até eu lembrar de uma frase uma vez sussurrada no ouvido. E daí passa.

3 comentários:

laine. disse...

eu lembro de uma conversa com o Jon pelo orkut, no tempo que ele tava na argentina... eu dizia q não tava acostumada com essas gentilezas e ele perguntou se eu me acostumaria...

eu respondi que sim!.


te amo, de verdade.
[e sim, tem pessoas que irritam apenas sendo elas mesmas]

Adele Corners disse...

Ai, tu é malvada comigo mas eu ainda vou com a tua cara.

Mas ainda tô de mal. Não sou manhosa do coração mole como tu. Ainda estou em fase de aprendizagem nesse âmbito.

TaTe disse...

''..e tão fraco quanto o meu pra perdoar tudo. No fim a gente lucra sempre. Pelas pessoas. Pelo peso que não se carrega. Por não ficar colecionando mágoas e destilando veneno...''

no meio de tudo isso aquilo ali me toca um pouco..pensei que eu fosse a unica e ser assim..
Dezembro é sempre dezembro..férias ôôô beleza..

beeeeeeeeejOs